Estrada da finitude
“De que são feitos os dias?
De pequenos desejos,
vagarosas saudades ,
silenciosas lembranças.”
Cecília Meireles
Oh estrada escura, sinuosa
Quais são seus caminhos?
Onde estão as vozes daqueles que ultrapassaram suas curvas?
Queria ouví-las novamente nos contos, histórias, estórias e até nas canções de ninar.
Mas há um silêncio gélido, angustiante
São infinitas lembranças encharcadas de saudade
Fragmentos de amor sem calor,
Ausência camuflada de presença
Lições carecidas das falas reforçadas
Oh, que estrada mau sinalizada!
Cadê a placa da parada obrigatória para os infinitos abraços?
E a sinalização do sentido obrigatória para compartilhar os sonhos?
Onde fica o pedágio para as cobranças das convivências?
Onde estão os acostamentos para as inusitadas paradas de reflexão?
Cadê os redutores, sonorizadores e retornos para os perdões?
Por que o limite da velocidade do tempo não foi controlado?
Fui guinchado pelo inesperado!
Estacionei nas perguntas que jamais serão respondidas
Quitei as multas dos ressentimentos
Seguirei abastecido de saudades e esperança
aproveitando o presente, colecionando momentos
Quitei as multas dos ressentimentos
Seguirei abastecido de saudades e esperança
aproveitando o presente, colecionando momentos
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